Assim é..

" A vida é exatamente do jeito que ela deve ser!"...Essa foi a frase que eu sonhei na penúltima noite!

 Lembro-me de ter adormecido pensando nos pequenos problemas do dia a dia, refletindo em como minha vida poderia ser diferente se eu fizesse isso ou aquilo, pensando no que eu ainda não fiz, no  que ainda poderia fazer...no que deixei de viver e tantas outras coisas que a mente nos leva a acreditar, mesmo que por alguns instantes!
 Meu conflito continuou no sonho e tive a oportuna experiência de (no sonho mesmo), encontrar a Swami Satsangi que me disse a sábia frase! Foi como se tudo aquilo de repente se transformasse, e nos dias seguintes, em vários momentos, me peguei novamente tendo pensamentos do mesmo tipo, e então a frase vinha como mágica na minha mente e logo os pensamentos se modificavam, acompanhados de uma sensação de acolhimento e paz!
  Talvez frases como essas demorem para ser entendidas, não intelectualmente, mas incorporadas a nossa vida e maneira de agir.
 De qualquer forma, fiquei pensando em como aquele sonho aconteceu. Não é muito meu estilo ter uma visão mística ou romântica sobre o assunto. Meu lado psicóloga me leva a crer que isso foi uma manifestação insconsciente do meu guru interno, simbolizada pela figura da Swami. Mas meu lado yogue me faz acreditar que exista alguma conexão maior. Não acredito só no sentido literal e leigo de um encontro astral entre nós. Mas, acredito sim em algo que nem eu mesmo posso explicar, talvez por ser difícil de definir intelectualmente.
 De alguma maneira a mensagem foi passada, vindo do meu inconsciente pessoal, vindo do inconsciente coletivo ou vindo da própria Swami (!!!!!). Sinto como um presente, afinal de contas não é sempre que a resolução dos nossos conflitos internos nos são dadas dessa forma. Ou será que é sempre assim, mas muitas vezes não estamos abertos a ouvir essa  voz que nos fala?
 Senti como um convite à entrega, largar aquela velha mania de acharmos que temos controle absoluto sobre tudo. Tenho até um certo controle sobre minhas ações, mas sobre o resultado delas...claro que não. E mesmo escolhendo certos tipos de ações, devo acreditar que algo me guia pelo melhor caminho!
 Desculpe o leitor sobre a falta de embasamento teórico quanto ao assunto do texto, mas eu só consigo escrever sobre o que realmente sinto!
 Agradeço então, e por esse instante algo me faz acreditar que  " a vida é exatemente do jeito que deve  ser!"

Menos pode ser bem melhor!

Demorei meses... fui remoendo, digerindo, refletindo e simplesmente respirando durante esse tempo sem escrever!!!
Os insights? Muitos... Como expressar? Não sei direito. Talvez através de palavras possa ser um pouco mais difícil!! Vou tentar!
Pois é...me surpreendo ainda em como a prática de yoga  tem a capacidade de nos apresentar dados de nossa própria personalidade, padrões, tipos de comportamento e pensamento. É como se estivéssemos o tempo todo diante de um espelho, e durante o dia não olhássemos para ele. Quando praticamos, é como se olhássemos bem no fundo dos nossos próprios olhos, da nossa alma!
Outro dia percebi o quanto eu estava mais confortável experimentando bem menos do que meu corpo conseguiria fazer! Os leitores yoguis devem estar pensando: mas, só agora ela se deu conta disso??
Não, calma , vou explicar!!! Comecei a fazer a variação mais simples do ásana em questão, e por ali fiquei...respirava tranquilamente e mesmo sabendo que meu corpo iria mais fundo, fiquei permanente, imóvel, observando e respirando. Não iria me machucar se fosse além, e talvez nem ficasse desconfortável...mas, resolvi permanecer exatamente ali, no menos!
Em um lapso de tempo, percebi que era exatamante aquilo que eu estava procurando nos últimos dias. Não me surpreender, não me desafiar, nem ir além. Simplesmente estar confortavelmente era o que eu estava precisando. Meu corpo entendeu, a mente acompanhou!
Penetrei naquela sensação, algo novo acontecia. Talvez em um momento tive que me readaptar com a nova forma de agir! Meu padrão era ir além, mesmo que não fosse muito, mas buscar, conseguir, realizar, desbravar eram verbos que me acompanhavam nos últimos dias, mesmo que eu não percebesse claramente.
Pensei muito depois da prática. Aquele único ásana me fez ir fundo nos meus sentimentos, me deu um resumo do que estava se passando com a minha vida. Aliás, do que estava se passando comigo, como atriz da miha vida.
Talvez em outro momento eu possa perceber justamente o contrário. Por isso, devemos permanecer presentes e conseguir olhar com consciência  esse momento! Nos darmos a chance de nos reorganizar, readptar e fazer diferente, tirando a cortina dos padrões, complexos e formas usuais de agir!